Numa visão pouco otimista das relações amorosas, o cineasta canadense Denys Arcand vai fundo em temas como a obsessão no limite da psicose, solidão e o egoísmo, painel em que a Aids serve como instrumento de redefinição. Conseguiu realizar uma síntese das preocupações e ansiedades da geração dos anos 90. O centro da ação é o ator frustrado e garçon David (Thomas Gibson), homossexual que divide o apartamento com uma jovem editora de livros (Ruth Marshall). Ambos rondam a cidade em busca do amor ideal, mas só convivem com personagens sombrios, como o jovem yuppie que se aconselha com David, outro jovem indeciso na sexualidade que o persegue, ou ainda a garota lésbica apaixonada por Candy. É um parceiro de David que aparece com a notícia de um exame de HIV positivo. Para reforçar o tom dramático da fita, um serial killer assusta a cidade com assassinatos misteriosos.